Retrospectiva Imersão em Contos

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

          Eu preciso descrever o que vi. Mas por mais que pense e rabisque nessa maldita folha não consigo encontrar as palavras certas para descrever o que eu vi e senti.

http://depositodecontos.blogspot.com/2010/08/imersao-em-contos.html

           Com essa frase, Maurício tentava nos alertar sobre o que haveria de ser encontrado por detrás daquela porta, dentro daquela casa. Porém o que vimos foi um misto de horror com incredulidade. O que poderia ter acontecido naquele quarto? Caros leitores, essa pequena pausa entre os capítulos nos fez perder um pouco a linha de raciocínio da nossa história. Para amenizar isso, alguns leitores foram convidados a aceitar o desafio de fazer uma recapitulação da imersão, em suas visões, para compartilhar com vocês. Por coincidência, um certo Maurício foi a pessoa que aceitou esse desafio de fazer a retrospectiva interessante e bem humorada, então escreveu as próximas linhas para o deleite de todos.

Bom vamos lá então, fui incumbido de criar uma recapitulação sobre Imersão em Contos, não chego nem perto a ser um escritor, sou apenas um mero leitor que aceitou este tremendo desafio. Vejamos por onde começar. Sim sim, começo a me recordar...



           Maurício nosso protagonista acorda em uma noite de verão, após recuperar seus sentidos, atende o celular que o acordara. Segue abaixo um trecho da conversa:

           - Por favor, vem aqui na minha casa... Alguma coisa deu muito errada - Fala Luna, já em tom de choro e desespero.
           - Nossa, se acalma, estarei aí em alguns minutos, mas o que houve?
           - É que...

         O que poderá ter acontecido a Luna? Terá tido uma recaída devido ao seu histórico de tentativas de suicídio, e overdoses de remédios e bebidas?

          Em seguida nosso protagonista sai desesperado em procura de sua amiga. Chegando a casa de Luna percebe que está um pouco diferente da casa que conhecia antes. Preocupado talvez mais do que precisasse com o ar sombrio, dado pelas janelas fechadas e luzes apagadas, bate várias vezes na porta e nada acontece. Apreensivo sem saber o que fazer, não acha outra solução a não ser arrombar a porta. Pobre infeliz, azarado dele, após arrombar a porta perde o equilíbrio e bate com tudo na porra da quina da mesinha de centro... Quem já deu uma canelada, paletada ou dedada, nestas mesinhas que foram criadas com o único propósito de nos causar dor, sabe o quanto é dolorido, agora imaginem a situação de Maurício após ter dado de cabeça na quina da mesa? Isso mesmo, perdeu a consciência. Chega a me dar arrepios só de pensar no tamanho da poça de sangue que deve ter sido formada.

          Poucos segundos antes de Maurício desmaiar, percebe alguém parado na porta da cozinha entreaberta, que parecia estranhamente o observar. Quem será esta pessoa? Será Luna?

          Vamos tentar desvendar esse mistério analisando os próximos capítulos...

Primeiro Capítulo - O Despertar

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          O primeiro capítulo desta emocionante historia se inicia com David, um trabalhador autônomo, responsável pela instalação de câmeras e prestigiado pela região. Ao acordar pela manhã David segue seu ritual como de costume, espreguiçou-se, deu aquela mijada matinal, embora tenha lutado com todas suas forças, contra seu destino, falhou, todos seus esforços foram em vão, não importa o quanto tenha balançado, o ultimo pingo, sempre mancha a cueca. Pegou o controle remoto da televisão, ligando-a no noticiário local. Dentre inúmeras propagandas, e reportagens sem muita importância como, animais de estimação e seus “mestres”, David foi atraído por uma reportagem. Talvez pela música de mistério, ou quem sabe pelo tom assustador pela qual eram narrados os fatos, sentou-se na cama e ficou estático, prestando atenção.

          Tratava-se do caso de um Jovem chamado Maurício, de 27 anos. A polícia decidiu reunir e divulgar a publico todo o material coletado.

          Algo dentro de David dizia que deveria assistir a esse programa, David pressentia que já ouvira sobre esse caso, mas infelizmente não se recordava.

          Abaixo segue um trecho da primeira carta encontrada pelas autoridades locais, em seguida outros trechos da carta de Maurício:

          "...minha cabeça doeu tanto, mas tanto, que parecia que eu tinha sido atropelado por um caminhão carregado. Meus olhos dificilmente se acostumariam com aquela luminosidade, pois apesar de ser dia, a sala estava muito escura. Abri meu celular para tentar ver que horas eram, mas esqueci que a bateria tinha acabado ainda em casa. Por sorte ela ainda teria o carregador que lhe dei de presente, afinal até o gosto para celulares temos em comum. Levantei ainda um pouco tonto, pus minhas mãos na nuca, em busca de algum sinal de sangue. Por sorte apenas tive a reação de dar um grito quando toquei no galo que tinha se formado quando caí..."

          "...pelo visto passei algumas horas desmaiado, o que me assustou, pois poderia ter acontecido o que eu temia. Minha primeira reação foi gritar pelo nome dela. Não obtendo resposta, o sangue começou a correr mais violentamente nas minhas veias. Não poderia... não aceitaria que algo tivesse acontecido com ela por meu descuido..."

          "...isso não faz sentido. Eu sei que foi por ali que eu entrei, é impossível que agora eu não consiga abrir..."

          David com seus olhos fixos e a respiração curta absorveu cada letra das carta, aguardando o que estaria por vir...

Segundo Capítulo - O Início

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          Naquela tarde, as frases mostradas no noticiário não saíram da cabeça de David. Chegou em casa ligou a TV e a explicação já estava na metade. Acomodou-se na poltrona, relaxou um pouco, e então toda sua atenção se voltou ao que a apresentadora falava.

          Maurício acordou com uma forte dor de cabeça, meio óbvio, já que deixou uma boa parte do cérebro na quina da mesinha de centro. Seus olhos dificilmente se acostumariam com aquela luminosidade, pois apesar de ser dia, a sala estava muito escura. Maurício lembra de ter visto tábuas de madeiras pregadas nos umbrais, pelo lado de fora da casa, cortando completamente qualquer feixe de luz que tentasse entrar pelas janelas. Porque alguém em sã consciência pregaria tábuas de madeiras nos umbrais pelo lado de fora? Será possível nenhum vizinho ter estranhando as madeiras pregadas nos tais umbrais? Onde fica localizada a casa de Luna? Será que Luna tem vizinhos? Por Deus alguém sabe o que são umbrais? Porque Maurício escreve de forma tão difícil e intelectual?

          Abriu seu celular para ver que horas eram, mas estava sem bateria tinha acabado ainda em casa. Levantou tonto, pôs as mãos na nuca, em busca de algum sinal de sangue. Por sorte apenas encontrará um galo. O chão é todo forrado de parquet, com uma mesinha onde fica o telefone logo à frente da porta. Na parede à direita encontra-se uma janela, e ao lado, um sofá verde fora colocado ali para poder assistir à TV que, sem antena alguma, ficava encima de um rack com quatro gavetas. Tentou acender as luzes e nada, por sorte encontrou uma TV, e sua luminosidade o ajudará a clarear um pouco. Foi então que percebeu que as lâmpadas haviam sido removidas. Começou a vasculhar as gavetas e enfim encontrou o cabo do carregador. Desligou a TV e plugou o celular. Após um tempo liga o celular, a julgar pelo horário percebe que já era dia, porém a penumbra dentro da casa não dava a menor impressão do sol. Tentou abrir a porta pela qual havia adentrado, porém nada aconteceu, permaneceu intacta e imóvel. Só lhe restou procurar a chave. Voltou ao rack, e vasculhou na última gaveta e por coincidência lá estava uma lanterna.

          Maurício relata em suas cartas ter olhado para cima e percebido que não havia lâmpadas, segundo seu celular já era dia quando acordará após ter desmaiado devido à forte pancada na mesinha, porém a penumbra dentro da casa não dava a menor impressão do sol já ter se erguido no horizonte. Umbrais muito bem lacrados, sem lâmpadas, mesinha de centro estrategicamente preparada para nocauteá-lo, e por fim a porta pela qual havia adentrado estava trancada. Quanta coincidência não acham?

Terceiro Capítulo - A Descoberta

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          David atento com o início do segundo bloco do programa, recosta a cabeça em uma almofada na guarda só sofá, e lentamente vai desligando-se do barulho dos carros que vem lá de fora...

          "Voltamos a apresentar nosso especial sobre o caso de Maurício. Após a tinta da caneta acabar, ele sai em busca de outra caneta, e pelo visto demora vários minutos para conseguir isso. Quando consegue, segue escrevendo sobre o que aconteceu naquele dia. Confira:"

          Após Maurício ter encontrado uma caneta, volta a relatar detalhadamente o que estava acontecendo. Maurício estava à procura de chaves que pudessem abrir a porta que deveria estar já aberta. Acompanhado de sua fiel lanterna passou para a sala em frente, pois sabia que lá tinha uma pequena estante com algumas gavetas onde poderiam estar às chaves. Enquanto tirava calmamente todos os objetos de dentro das gavetas, criando certa bagunça, não obteve sucesso ao encontrar as chaves, mas escutou um barulho alto vindo dos quartos. Imagino aqui com meus botões o cagaço que Maurício deve ter tido, coitado devia estar suando frio. Rapidamente chegou ao quarto de Luna, que era o último do corredor, tentou abrir a porta, porém estava da mesma maneira que a porta da frente, virou-se para o lado e se deparou com o segundo quarto. Ao entrar, Maurício sentiu o exalar de um cheiro pútrido. Após o grande susto que levara, descobre que o causador dos barulhos era apenas um gato, ao vasculhar as caixa que o gato deixou cair, encontra uma câmera, e um chaveiro. De imediato, Maurício testa o chaveiro na porta de entrada, esbraveja por alguns instantes. Não obteve sucesso. Volta lentamente à porta do quarto de Luna, a fechadura aceitou, vagarosamente girou a chave e a fechadura retraiu, e a porta se abriu. Segue abaixo um trecho da carta de Maurício:

          "Eu preciso descrever o que vi. Mas por mais que pense e rabisque nessa maldita folha não consigo encontrar as palavras certas para descrever o que eu vi e senti. Por isso, farei com que seus próprios olhos possam enxergar o horror pelo qual passei ao abrir aquela porta..."

          Maurício relata que ao entrar no segundo quarto onde encontrou o chaveiro e a câmera, se depara com um terrível cheiro pútrido. O que terá acontecido neste quarto? Qual a origem deste mau cheiro?

          Ao entrar no quarto de Luna, Maurício não consegue descrever em palavras o que viu, e sentiu, em tão resolve registrar aquele momento em fotos. O que terá visto? O que pode haver de tão ruim dentro do quarto?

          Qual a do gato preto? Será que ele está possuído por um demônio? Maurício deveria matá-lo só por precaução ou segui-lo para ver se ajuda a encontra uma saída?

          Nesse momento a imagem congela. Os olhos de David se esbugalham em pura descrença enquanto imagens começam a se formar na tela... Imagens tão insanas que talvez seja necessário mais do que apenas palavras para mostrá-las...

Quarto Capítulo - O Quarto


          Quando David viu as 10 imagens registradas por Maurício. Não conseguia crer. De alguma forma estranha, as fotos lhe causavam um frenesi difícil de descrever. David não sabia o significado deste sentimento apenas sabia que lhe significava alguma coisa...

          "E diante desse horror que todos nós acabamos de presenciar, chegamos ao fim do nosso segundo bloco. Não percam o próximo bloco, aonde iremos..."

          David ofegava incrédulo, tentando organizar na sua mente as idéias passadas pelo que vira...

Graças ao bom Deus chego à última parte desta recapitulação da qual fui incumbido de escrever. Caso tenha gostado, meus mais sinceros agradecimentos, caso contrario fazer o que não se pode agradar a todos não é mesmo?


ATENÇÃO

Caro leitor as imagens a seguir possuem fortes cenas só olhe se tiver certeza.
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2 Comentários:

Tio disse...

issai, de volta a ativa...espero
uhahaauhauahauhaua

Paloma Rizzi disse...

Ótima recapitulação... depósito de contos descobrindo talentos.. shauhsuahsuha
\o

agora esse texto me fez refletir em alguns pontos aqui apresentados, como o Motivo pelo qual Mauricio escreve de forma taum intelectual... hsuaHUShushUHSUh ( me mijei de ri disso)

analisando ainda oq pode ser tais umbrais, axo q tenha alguma coisa a ver com o tal ursinhu de olhos negros no quarto da Luna... axo q tanto os umbrais quanto ele são a chave para o misterio!!

e que venha ( logo) o proximo capitulo!!! estou roendo as unhas!