Guerras Medievais I

terça-feira, 2 de março de 2010

Não conheço o princípio deste lugar onde chamamos de lar, apenas ouço histórias, contadas por meus pais, que ouviram dos pais deles. Desculpe-me se essa história parece um conto para crianças dormirem. Eu também custava a acreditar nas fantásticas histórias de batalhas travadas na Primeira Grande Guerra. Vou lhes contar o que a minha frágil memória ainda consegue recordar:


- Contam as velhas bocas, que em uma era distante, antes mesmo de O Grande Oceano e seus sacerdotes exigirem a divisão das terras da maneira como você vê, havia apenas uma ilha, sem fronteiras nem barreiras naturais.. não consigo me lembrar de uma maneira clara o nome.. Domus, Domum.. Enfim.. Não importa no momento. Apenas limito-me a dizer que Hämen conseguia tocar todas as criaturas da mesma forma, com seus raios quentes, beijava a face do mais horripilante ser dessa terra sem se preocupar com o frio em seus corações. Nossos antepassados conviviam em harmonia com seres que hoje seriam denominados seres de luz e seres de trevas. Não havia com o que se preocupar, havia tudo que qualquer ser precisava para viver.. tinham comida para suprir a necessidade do corpo, bem como água para purificar o espírito. Porém, em algum momento desta existência, não sei se por algum descuido foi virado as costas para Hämen, ou ele esteve muito ocupado com alguma tarefa mais importante, a ira de Hadül transpassou a proteção da suprema divindade, e decidiu testar-lhes com uma escassez de comida. Não demorou muito para surgirem as primeiras idéias de como suprir essa falta de alimento. Sementes no solo demoram muitos ciclos de lua para saciar o corpo por completo. Os animais da aldeia eram sagrados. Só havia uma maneira. Eles foram remetidos aos instintos primordiais de sobrevivência. A solução?!.. Caçar fora dos limites da aldeia... No começo foi fácil encontrar alguns animais para acabar com a fome. Porém, com o tempo, a distância à desbravar atrás de comida começou a tornar-se um problema até mesmo para os, agora caçadores, mais experientes.

O que interessa é apenas a maneira como essa ilha erguia-se no meio do oceano. No centro dela existia uma grande montanha. Nunca me preocupei em saber o que habitava por lá... Apenas sei o que me disseram. Seres iluminados que passavam reclusos a maior parte do tempo em suas bibliotecas construidas no meio das árvores. O local emanava uma energia que eu nao sei explicar.. apenas sei que era o completo oposto do que eu podia sentir aos pés dessa montanha. Nas profundezas do local sombrio que era a base da montanha, viviam criaturas carniceiras, que pouco se importavam com qualquer ser vivo, sejam eles racionais ou não, sempre eram classificados como comida. Mas peraí.. eu falei qualquer ser vivo? me desculpe.. acho que minha cabeça nao anda batendo muito bem.. sempre me esqueço daqueles monstrengos safados.. Que Kalahar seja amaldiçoado por ter feito criaturas tão grandes e apavorantes. Dizem as boas línguas que eles auxiliam na proteção da floresta.. Eu diria que a floresta deveria ser protegida DELES!.. humf.. ao menos servem para manter aqueles malditos carniceiros sarnentos longe. Do outro lado da montanha existem minas de carvão. Essas minas são protegidas e administradas por pequenas criaturas. Mas quando eu digo pequenas, são realmente pequenas haha.. sempre dou rizada quando penso naqueles pequenos.. dizem que à noite são imbatíveis, principalmente com as armas que eles mesmos forjam, e muito bem, diga-se de passagem. Então imagine, meu jovem.. nossa pequena aldeia.. cercada por criaturas fantásticas que poderiam ser pintadas com a tinta mais brilhante do nosso mundo, porém letais ao menor descuido.

1 Comentário:

Paloma Rizzi disse...

eu quero uma passagem para essa ilha!!!! =)